Para a pesquisa, os matemáticos usaram o caso real do russo Adrei Chikatilo (conhecido como o Açougueiro de Rostov), preso em 1990 e que confessou ter matado 36 crianças e mulheres, além de 20 outras pessoas em um período de 12 anos.
Segundo os cientistas, o comportamento do assassino se caracteriza por um padrão chamado de “disparo neural”, baseado na lei da distribuição de potência.
O estudo é baseado no comportamento fundamental dos neurônios. Ou seja, quando um neurônio é “disparado” , ele não pode voltar a ser explorado até que sua capacidade de liberar sinais elétricos seja recarregada, um tempo conhecido como período refratário.
Cada neurônio está conectado a milhares de outros neurônios, alguns dos quais também estarão prontos para o “disparo”, levando-os a uma reação em cadeia que rapidamente se espalha por todo o cérebro.
No entanto, somente essa situação não pode explicar o comportamento de um assassino em série. “Você não pode esperar que o assassino cometa um assassinato apenas no momento em que a excitação neuronal alcance certo limite”, diz Mikhail Simkin, que acrescenta: “Ele precisa de tempo para planejar e preparar o crime”.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores empregaram um modelo matemático no qual usaram um período de 2 milionésimos de segundo como tempo padrão de “disparo” de um neurônio normal. E simularam cerca de 100 bilhões de passos, o equivalente a uns 12 anos, período em Chikatilo esteve na ativa.
Os resultados obtidos foram muito semelhantes com o intervalo de tempo com que Chikatilo fazia uma nova vítima. Veja gráfico acima."